quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"A viagem dos cinco amigos"

Era uma vez cinco amigos. Chamavam-se Visão, Olfacto, Tacto, Paladar e Audição. Viviam numa aldeia muito pequena, junto a uma floresta escura, densa e assustadora. Esta floresta era tão sombria que nunca alguém ousara lá entrar.
Certo dia, o Tacto, que era muito destemido propôs uma ideia:
- Caros amigos, já que nunca temos nada de novo para fazer, que tal uma visita à floresta?
A Audição, quando ouviu isto ficou logo amedrontada!
- É melhor não, ouvi dizer que lá existem muitos lobos e a floresta é muito escura e assustadora… Não concordam comigo, amigos? Quem não concorda que levante a mão.
Ninguém concordou. Então, o Olfacto, decidido, disse:
- Bem, sendo assim vamos lá! Temos que descobrir alguma aventura e acabar com esta monotonia!
- Eu não vou! Aquilo mete muito medo… Deve ter muitos lobos, morcegos e outros animais arrepiantes! – Disse a Audição.
- Deixa-te lá disso, medricas! Os lobos só atacam aldeias quando estão esfomeados.
- Está bem. Acho que mudei de ideias… Vamos lá então! – Afirmou a Audição cabisbaixa.
Andaram por caminhos intermináveis, às voltas e chegaram sempre ao mesmo sítio. Estavam perdidos até que a Visão sugeriu:
- Tacto, atira-me para cima daquela enorme árvore, pode ser que eu encontre o caminho correcto.
O Tacto fez o que a Visão lhe pediu e esta já em cima da árvore, lá conseguiu encontrar o caminho de volta!
Passado um bom bocado, o Olfacto estranhou:
- Cheira-me que vêm aí os lobos, já “sinto” o cheiro característico deles. Estão a menos de cem metros.
O Paladar começou a rir-se e afirmou:
- Não é possível! Nesta altura do dia não há lobos! Só de noite!
De repente, começaram a surgir umas bolas brancas atrás dos arbustos. Em segundos, cerca de dez lobos saltam e atacam os nossos amigos. Felizmente, o Tacto esquivou-se de um dos ataques, saltou e fechou-se num punho, originando um “soco” num dos lobos!
Rapidamente, subiram para as árvores mais próximas, evitando a luta com os ferozes animais.
Aguentaram algumas horas para descer em segurança. Quando chegaram à aldeia juntos, sãos e salvos, repararam que no curral não restou uma única ovelha viva! A alcateia esfomeada “levou tudo à sua frente”.
A partir desse mesmo dia, decidiram que, no futuro, se uniriam e enfrentariam em conjunto qualquer dificuldade que se atravessasse no seu caminho.
UM POR TODOS E TODOS POR UM.

Luís Gonçalo Epifânio Pereira, nº21, 7ºF

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