sábado, 28 de fevereiro de 2009

Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

Querido diário,

Queres ouvir uma história? Sim, uma história! A história de um belo dia de férias!

A minha manhã não foi nada interessante, por isso vou-te falar do que se passou a seguir ao almoço.

Almoçámos, como é habitual, em casa dos meus avós onde comemos sempre aquelas comidas deliciosas que só os avós sabem fazer, e sabes; por vezes até acho que eles têm uns pozinhos de perlimpimpim para nos enganar as papilas gustativas e levar-nos a gostar de alimentos como o peixe ou os legumes!

Já a caminho de casa, mesmo quando o meu pai estava a estacionar, perguntou-nos ele:

-“Ei, e que tal uma volta ao monte?”

Isso é lá pergunta que se faça depois daquelas semanas de chuva e frio em que não se podia sair de casa! Claro que disse logo que sim mas o meu irmão (que ainda na fase da gaveta como diz a mamã) estava ansioso por jogar playstation e logo recusou ; mas, aqui entre nós que ninguém nos ouve; poderia ele algum dia resistir às minhas falinhas mansas?

Passado pouco tempo já estava ele todo contente com a ideia de irmos passear, e o pai lembrou-se:

-“Não querem ir buscar as vossas geringonças a casa?”

Pois claro! Já nos íamos esquecendo das fisgas, canivetes, e binóculos! Ainda bem que o pai se lembrou! Disso e do lanche…

E lá fomos nós, à procura de um bom sítio para explorar e foi então que vimos uns senhores a fazer parapente num monte muito alto; já estava decidido onde seria a nossa próxima paragem!

Era um lugar muito alto e vasto, com uma descida a pique no fim; se por acaso algum dia quisesse fazer parapente já conhecia o sítio ideal!

Mas não era só isso que se estava lá a fazer, também havia corredores de trial e de MotoCross. Existia igualmente a zona do mato, que mais tarde iríamos explorar, mas o mais interessante era mesmo o restaurante abandonado que por lá existia! Já sabíamos por onde começar a exploração.

Eu com a fisga em riste, o meu irmão com um pau na mão que encontrara no chão e o meu pai com a maior das preocupações para que não espetássemos um prego no pé ou levássemos para casa alguma daquelas lembranças que os pais não gostam de ver nos tapetes e alcatifas; lá entrámos nós no restaurante podre, velho e abandonado. A primeira coisa que fiz foi ver se existiam vidros que se pudessem partir com uma fisgada, mas não, já não restava nada nas paredes a não ser grafites velhos de outros que por ali tinham passado e os únicos vidros que ali existiam já estavam partidos e espalhados pelo chão.

Logo pela entrada encontramos umas bolitas muito redondinhas e castanhas e que cheiravam mal (acho que já deves saber o que era) que nós evitamos agilmente.

Revistado o primeiro andar fomos à volta do edifício até encontrarmos umas escadas que iam dar directamente ao telhado; lá em cima não existia absolutamente nada a não ser um buraco que deixava ver o 1º andar; então isso queria dizer que ainda nos faltava um andar para acabar estas explorações!

Acabamos por descobrir umas escadas que lá iam ter, parecia um andar como os outros, mas só que este tinha quartos, que em tempos deviam ser bem bonitos e agora estavam todos velhos e abandonados.

Infelizmente o caminho estava bloqueado por montes de caganitas e estava muito escuro, o que nos levou a dar a volta para descer. Descemos por uma escada pelo lado de fora que nem corrimão tinha! Se déssemos um passo para o lado caímos dois andares! Ai se a mãe nos visse, dava-lhe uma coisa!

Por sorte ninguém caiu, mas finalmente, a primeira parte da nossa aventura tinha acabado!

Que iríamos ver a seguir? Chamou-nos então a atenção um pedregulho muito liso, o local ideal para se sentar! Sabes o que isso significava? Hora do lanche!

Foi um lanche leve mas saboroso (bananas, bolachas, iogurtes, água…) pois ninguém queria perder o tempo a ir para a próxima paragem! Uma capela que por ali existia!

Ficámos muito tristes por não podermos entrar! Mas logo descobrimos umas velas em que pudemos treinar tiro ao alvo com a minha fisga!

Atrás da capela descobrimos um poste de electricidade que tinha caído, e também uma árvore da qual o meu pai tirou um ramo para fazer uma fisga; tirando isso, não se fez mais nada por ali.

Foi então que nos lembrámos que ainda não tínhamos visto a floresta!

Não a exploramos exaustivamente porque estava a escurecer mas ainda deu tempo para ver alguma coisa.

Finalmente, encostámo-nos ao carro mesmo a tempo de ver a ultima pessoa que estava a fazer parapente a levantar voo.

Eram quase 18h00 e o pai disse que tínhamos de ir embora, não sei antes dizer que tinha sido um belo dia. Nós concordámos e fizemo-lo prometer que vamos repetir sempre que possível.

Por hoje é tudo querido diário, até breve!


Valdo Reis da Silva Nunes Nº29 7ºF


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