quinta-feira, 23 de abril de 2009

Caro amigo

12 de Abril de 1517

Caro amigo,
Como já é habitual, meu pai contou-me mais uma das suas histórias.
E como na maioria das vezes falou d’ el rei D João II, mas desta vez foi diferente.
Hoje contou mais do que aquilo que costumava contar.
Revelou-me o porquê de falar tanto dele. Meu pai tinha conhecido D João II. Este tinha-o convidado para viajar com ele até à Índia. Porém, meu pai não aceitou pois achava que era muito perigoso e além disso não queria deixar minha mãe sozinha comigo. Agora entendo o que meu pai sempre dizia:”Passados estes longos anos ainda não esqueci a morte de D. João II, considerava-o muito inteligente! Pobre coitado morreu sem realizar o seu sonho de chegar à Índia…”.
Acho que se eu fosse meu pai e não tivesse filhos, talvez aceitasse o seu convite.
Considero-me uma pessoa muito aventureira. Para mim, andar numa nau vendo o mar com as suas águas furiosas e turbulentas e pensar no quanto seria maravilhoso quando chegasse ao destino…
Com certeza que me iriam receber com trombetas e muitas bandeiras.
Devido às magníficas conversas que tive com meu pai, sonhei acordado muitas vezes com essas viagens e permanecia tempo sem fim a olhar para o rio Tejo, vendo as naus partirem e imaginava todos os destinos a que eu poderia ir, tornando-me alguém que fosse reconhecido pela população e em especial por el rei, sendo uma pessoa disposta a trazer para o nosso País tudo aquilo que ele não tivesse.
Seria uma forma de o mundo inteiro falar de Portugal, dos seus feitos e das suas descobertas.
Era esse um dos meus sonhos: ver Portugal rico e todas as pessoas viverem com abundância.

Abraços,
Do teu grande amigo.


Francisca Lopes, nº 15, 7ºF

Sem comentários: